A crise económica também atinge a
empresa Cervejas de Moçambique (CDM). Pela primeira vez, depois de
muitos anos, a direcção da cervejeira assumiu, ontem, que as vendas de
bebidas caíram.
“A norma sempre foi o crescimento
face ao ano anterior e este ano, pela primeira vez em muitos anos, as
vendas de cerveja estão abaixo do ano anterior”, revelou o Director-Geral da CDM, Pedro Cruz.
É situação para dizer que quase ninguém
escapa ao arrefecimento económico. Não são somente as vendas que
baixaram, os custos de produção da empresa também aumentaram por causa
da depreciação do metical face ao dólar.
“A desvalorização que se tem dado
até agora no metical tem levado ao aumento significativo dos custos de
produção das nossas marcas de cervejas e como tal, o preço tem que
acompanhar”, informou Cruz.
Por causa da situação difícil, grande
parte das garrafas pequenas de cerveja de 330 mililitros passam a ser de
devolução obrigatória e a CDM recomenda que sejam vendidas por 35
meticais, enquanto as não retornáveis por 45, 10 meticais mais caro.
Com o projecto, a CDM vai deixar de
importar garrafas, assegurando assim mais divisas para o país, explicou o
Director-Geral da cervejeira, Pedro Cruz. Mas também pretende-se
reduzir o impacto ambiental provocado pelo lixo das garrafas.
“Pelo menos 80% do consumo das
garrafas não retornáveis passam a ser. Isso vai nos permitir poupar 268
milhões de meticais por ano em divisas para importações”, disse.
A empresa Cervejas de Moçambique revelou
ainda que, mesmo com a seca que afecta o país, não está a registar
restrições no fornecimento da mandioca.
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