O
Ministério Público Federal confirmou ontem, quinta-feira (21), a
denúncia contra o ex-presidente brasileiro Lula da Silva e outras seis
pessoas por tentativa de obstruir a Operação Lava Jato.
Para além do
ex-chefe de Estado, a denúncia é contra o seu amigo José Carlos Bumlai, o
ex-senador Delcídio do Amaral, o banqueiro André Santos Esteves, o
ex-assessor de Delcídio, Diogo Ferreira Rodriguez, o advogado Edson
Siqueira Ribeiro Filho, e o filho de Bumlai, Maurício Barros Bumlai.
Segundo um comunicado do MTP, todos “são acusados de agirem irregularmente para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato“,
que investiga um esquema de corrupção envolvendo dezenas de políticos e
várias empresas, entre as quais a petrolífera estatal Petrobras.
Todos os
envolvidos são acusados de tentar impedir o ex-Director da Área
Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de assinar um acordo de
delação premiada (prestação de informações em troca de redução de pena)
com os investigadores da Lava Jato.
O caso já tinha sido denunciado pelo Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, em Dezembro.
Contudo, como
entretanto Delcídio do Amaral deixou de ter foro privilegiado ao perder
o cargo de senador, o caso foi enviado do Supremo Tribunal Federal
(STF), onde são investigados os políticos com foro privilegiado, para a
Justiça Federal do Distrito Federal.
Com a mudança
de instância na Justiça para Brasília, também determinada pelo facto de
o crime ter ocorrido na capital brasileira, o MPF foi accionado e
precisou confirmar a denúncia prévia do PGR.
“Além de
confirmar os elementos apresentados, o procurador da República Ivan
Cláudio Marx faz acréscimos à peça inicial, com o objectivo de ampliar a
descrição dos fatos e as provas que envolvem os acusados“, lê-se num comunicado do MPF, sem adiantar mais dados.
Sem comentários:
Enviar um comentário