Os deputados das duas bancadas
da oposição na Assembleia da República (AR), manifestaram-se
inconformados com as respostas que o Governo prestou, esta quarta e
quinta-feira, no plenário do parlamento moçambicano.
Falando à imprensa, momentos após o término da sessão de Perguntas
ao Governo, o porta-voz da bancada parlamentar da Renamo, o maior
partido da oposição, José Lopes, disse que o Executivo, tal como tem
acontecido em outras sessões, desta vez não trouxe nada de novo.
Por isso, Lopes frisou que o Governo não se centrou em questões que
actualmente ocupam a agenda dos moçambicanos, apontando para o que
considera de manipulação de órgãos de comunicação social, bem como dos
acordos assinados com as multinacionais na exploração de recursos
naturais.
O Governo não esteve em altura de responder as perguntas sobre o Estado de Direito e Democrático, disse.
Por seu turno, o porta-voz da bancada do Movimento Democrático de
Moçambique (MDM) Fernando Bismarque, afirmou que os deputados desta que é
a segunda força política da oposição, reprovam as respostas do Governo,
na medida em que são repetitivas.
Bismarque afirmou que o Executivo não explicou, de forma detalhada,
as áreas de actividade do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS),
bem como as razões que levam a falta de celeridade da transferência de
competências dos serviços de educação e saúde para os municípios da
Beira, Quelimane e Nampula, respectivamente das províncias de Sofala,
Zambézia (centro do país) e Nampula (norte).
‘A bancada do MDM quis saber do Governo, de entre várias
inquietações, os resultados financeiros dos exercícios de 2014 e 2015 do
INSS, mas não há nada de concreto, disse.
Contudo, nenhum dos porta-vozes das duas bancadas avançou a intenção
de submeter uma moção de reprovação das informações do Governo nos
próximos dias, tal como tem acontecido em anteriores sessões de
Perguntas ao Governo.
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