"Nós,
Frelimo, condenamos a Renamo e o seu líder que, simultaneamente, está
em negociação, nos termos por ela mesmo sugeridos, está sentada connosco
no parlamento, nas assembleias provinciais, e continua a atacar, a
matar, a mutilar, a saquear e a destruir", declarou a líder parlamentar
da bancada maioritária.
Segundo
Margarida Talapa, que discursava no encerramento da III sessão
ordinária da Assembleia da República, as ações atribuídas à Renamo são
"um sinal inequívoco de que o seu compromisso é destruir e atrasar o
desenvolvimento do povo moçambicano".
O
discurso da chefe da bancada da Frelimo acontece um dia depois de as
negociações de paz entre Governo e Renamo terem sido suspensas até ao
regresso dos mediadores internacionais, a 08 de agosto, num momento em
que persiste um ambiente de confrontação entre as partes no centro do
país.
"A
Renamo, teimosa e injustificadamente, assalta unidades hospitalares,
saqueia viaturas, ataca comboios, destrói nas estradas e nas aldeias e
aterroriza populações", afirmou Margarida Talapa, lamentando que muitos
moçambicanos estejam a abandonar as suas zonas de origem, a deixar as
escolas ou não tenham acesso a centros de saúde.
Para
a chefe da bancada da maioria, a chegada da equipa de mediação
internacional, em meados de julho, representa a reunião de condições
para o "reencontro da família moçambicana", esperando que, "com a maior
celeridade se abra caminho para a paz efetiva e duradoura".
Margarida
Talapa fez uma referência à difícil conjuntura económica e financeira
que Moçambique atravessa e a paz, referiu, é uma das soluções.
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