O Governo moçambicano continua a estudar formas para evitar o
aumento do preço do pão e, nos próximos dias, vai apresentar uma
solução, informou o ministro da Indústria e Comércio.
“Nós continuamos a estudar formas para encontrar soluções alternativas“,
afirmou Max Tonela, falando à imprensa, à margem de uma cerimónia de
tomada de posse de quadros no Ministério da Indústria e Comércio.
Admitindo a existência de uma conjuntura económica complexa, o
ministro afirmou que nos próximos dias o Governo vai apresentar uma
solução, evitando o agravamento do preço do pão e garantindo
estabilidade para os próximos tempos.
A Associação Moçambicana dos Panificadores (Amopao) anunciou, na
semana passada, o aumento do preço do pão, devido ao agravamento do
custo das matérias-primas e à recente subida dos salários mínimos do
setor.
O Governo moçambicano suspendeu a medida, considerando que o
princípio da concertação não foi observado pelos panificadores e que o
executivo já estava a analisar a situação.
De acordo com a proposta dos panificadores, o pão de 250 gramas
deveria passar de 7,5 meticais para 9 meticais, e o de 200 gramas
passaria de 6 meticais para 7 meticais.
Segundo os dados da Amopao, 98 padarias encerraram nos últimos seis meses devido ao aumento do preço da farinha de trigo.
Esta é a segunda vez neste ano que o Governo moçambicano trava o agravamento do preço do pão.
Em Abril, o ministro da Indústria e Comércio afastou a hipótese de um
novo aumento do preço do pão, contrariando uma pretensão manifestada em
Março pela Amopao.
A última vez que o país registou uma subida no preço do pão foi em
Outubro de 2015, quando o pão de 250 gramas passou de 6 meticais para
7,5 meticais, o de 200 gramas aumenta de 4,5 meticais para 6 meticais e o
de 150 gramas passa de 3 meticais para 4,5 meticais.
Em 2010, o aumento do preço do pão e de outros produtos básicos
provocou uma revolta popular em Maputo, causando a morte de várias
pessoas em confrontos entre a população e a polícia.
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