As
empresas Moçambique Celular (MCel) e Telecomunicações de Moçambique
(TDM) serão fundidas, em breve, numa única companhia, competitiva e
sustentável, segundo decisão anunciada ontem pelo Governo.
Para
operacionalizar esta deliberação, o Conselho de Ministro determinou a
criação de uma comissão que tem a missão de conceber todas as condições
que vão levar à fusão das duas empresas ligadas ao sector de
Telecomunicações.
Segundo
o porta-voz deste órgão, Mouzinho Saíde, a nova instituição deverá ser
dotada de meios tecnológicos, financeiros e humanos capazes de responder
à exigência do mercado. Além disso, a nova empresa vai permitir a
convergência dos serviços de transmissão fixa e móvel de voz, dados e
Internet, usando as duas plataformas, o que vai trazer como vantagens ao
cliente a factura única e um único ponto de contacto com a empresa.
“A
comissão a ser criada vai fazer o estudo e propor as soluções mais
viáveis para a fusão destas empresas. Esta comissão técnica vai
trabalhar nos detalhes, como é o caso do futuro nome da nova empresa, os
recursos humanos, a questão financeira, entre outras particularidades
envolvidas no processo”, explica Mouzinho Saíde.
Sobre
os prazos para a realização desta operação, o porta-voz do Conselho de
Ministros disse não ter sido determinado nada a esse respeito, mas
garantiu que a comissão independente vai trabalhar tranquilamente com as
duas administrações e com o Instituto de Gestão de Participações do
Estado (IGEPE) para no final apresentar uma proposta viável.
Enquanto
isso, setenta novas agências bancárias deverão ser implantadas em igual
número de distritos até 2019, na perspectiva de aproximar os serviços
financeiros ao cidadão e flexibilizar a dinamização da economia e
finanças rurais.
Segundo
o porta-voz do Conselho de Ministros, este processo de bancarização dos
distritos está enquadrado no programa do Governo através de um projecto
chamado “Um Distrito, Um Banco”, que visa materializar a prioridade
relativa ao desenvolvimento sustentável de infra-estruturas
socioeconómicas essenciais e vitais para a promoção da actividade
produtiva do sector privado e associativo.
Vai
também incrementar a capacidade do sector público de prover os serviços
essenciais básicos à população centrada no distrito, de onde devem
partir todas as iniciativas produtivas aglutinadoras da dinâmica da
economia nacional.
Mouzinho
Saíde explicou que o quadro actual mostra que 90 por cento da população
não tem conta numa instituição financeira formal e o crédito formal
está disponível apenas para três por cento da população adulta. Neste
momento, 72 dos 150 distritos rurais que compõem a divisão
administrativa do nosso país ainda não possuem agência bancária, o que
atrasa o crescimento do sistema financeiro e da economia.
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