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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Ataques arruínam transportadores de passageiros em Tete

Os ataques perpetrados pelos supostos homens armados da Renamo, estão a forçar os transportadores semi-colectivos de passageiros da província de Tete, que fazem as ligações inter-provinciais, a desistir da actividade.
Os principais destinos eram as cidades de Chimoio, na província de Manica, Beira (Sofala), Quelimane (Zambézia), todas na região centro, Nampula e Pemba (Cabo Delgado), na região norte, cujo acesso era através das Estradas Nacionais Números sete e um (EN7 e 1), onde a Renamo tem vindo a realizar ataques armados.
Para garantir a segurança das pessoas, as autoridades governamentais decidiram introduzir escoltas militares em ambas as estradas, particularmente nos troços entre distritos de Changara, em Tete, e de Vanduzi, em Manica, numa distância de cerca de 270 quilómetros da EN7, Muxúnguè-Save e Nhamapaza-Caia, na EN1, na província de Sofala.
Assim, para quem queira deslocar-se às regiões Sul e Norte de Moçambique tem que passar obrigatoriamente por ambos os troços com colunas militares. Esta situação acaba por estender o tempo de viagem por vários dias.
O gestor do terminal de transportes rodoviários na cidade de Tete, Zuze Farias, explicou a reportagem da nossa fonte que a retirada dos autocarros deve-se ao número reduzido de passageiros, que receiam cair numa emboscada da Renamo.
Farias disse que o reduzido número de passageiros afectou drasticamente a receita dos transportadores, que acabaram paralisando a actividade.
Os ataques dos homens armados da Renamo estão a afectar o desenvolvimento social e económico, porque para além de nós termos baixas receitas, muita mão-de-obra perdeu o seu emprego e os próprios passageiros já não conseguem transportar os seus produtos de e para onde querem vender, disse o gestor do terminal rodoviário de transportes inter-provinciais de passageiros, em Tete.
Por causa da tensão política, os proprietários acabam por dispensar os seus motoristas e cobradores, que ficaram sem emprego e também sem meios de sustentar suas famílias. É uma situação preocupante”, disse João Samuel, um dos poucos motoristas que conseguiu manter o seu emprego.
Samuel explicou que actualmente é um dilema fazer uma viagem Tete-Beira e vice-versa. Fazíamos quatro viagens por semana, mas nos dias que correm, devido à tensão política, só fazemos uma vez, pois quando saímos da cidade da Beira às 05h00 só conseguimos arrancar na coluna às 16h00 horas e só chegamos a noite a cidade de Tete.
Por isso, disse Samuel, apelamos ao líder da Renamo (Afonso Dhlakama) a parar com os ataques, porque estão a prejudicar o povo. Os ataques também levaram ao agravamento dos preços dos produtos de primeira necessidade.
A paralisação dos autocarros levou a maioria dos passageiros a usar o transporte ferroviário como alternativa. Por isso, os comboios andam lotados no sentido vila de Moatize, em Tete – Beira e vice-versa.

Os comboios de passageiros circulam duas vezes por semana. Chegam à vila de Moatize às quartas-feiras e aos domingos.

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