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terça-feira, 27 de setembro de 2016

Clima de insegurança após assassinato de dirigente da RENAMO em Tete

Foi o segundo ataque a um membro da RENAMO na Assembleia Provincial de Tete em menos de um ano. A RENAMO denuncia uma tentativa de enfraquecer o partido, mas diz que não se deixa intimidar.
Armindo Nkutche, membro da Assembleia Provincial pela bancada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), foi assassinado a tiro na quinta-feira (22.09), depois de uma sessão do órgão na vila de Moatize.

As autoridades moçambicanas ainda não identificaram os atacantes, que seguiam num carro com vidros fumados. Mas, para o presidente da Assembleia, Fabião Bzingue, o assassinato teve motivações políticas e é obra de "esquadrões da morte, compostos por "indivíduos imbuídos de intolerância, um ódio visceral e saudades do monopartidarismo."

A Assembleia Provincial de Tete tem 82 assentos. A RENAMO ocupa 44 deles, contra 35 da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e três do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

Na província está instalado um clima de insegurança, segundo Félix Assomate. O delegado político da RENAMO em Tete denuncia uma "tentativa de silenciar" o partido, para que os seus membros "não se façam presentes nas delegações políticas."

Mas a polícia diz que é prematuro avançar com quaisquer suspeitas e assegura que está a investigar o caso: "Com a investigação que estamos a fazer, poderemos trazer as informações sobre as reais motivações deste crime", adiantou a porta-voz do comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Tete, Lurdes Ferreira. "Nós estamos a trabalhar para, em breve, darmos alguma informação relacionada com este caso."

Ausências notadas no funeral
O funeral de Armindo Nkutche realizou-se sábado passado (24.09) na vila de Moatize, mas vários dirigentes da RENAMO e da FRELIMO não estiveram presentes. Segundo Félix Assomate, as ausências deveram-se ao clima de insegurança.

Maria do Céu, uma das figuras proeminentes da bancada do partido em Tete, afirma, no entanto, que não se deixa intimidar. "A FRELIMO está atrás de nós", mas "não temos medo. Já jurámos servir o povo moçambicano."

A DW África tentou ouvir o primeiro secretário provincial da FRELIMO em Tete, mas ele não se quis pronunciar sobre o assunto.

Em março, outro membro da Assembleia Provincial de Tete vindo das fileiras da RENAMO também foi baleado, sobrevivendo ao ataque.

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