Mais um membro influente da Renamo,
identificado pelo nome de Luciano Augusto, residente no distrito em Gúruè,
província da Zambézia, foi assassinado a tiros, na última quinta-feira (27), na
sua casa, por pessoas supostamente desconhecidas.
É a quinta vítima do mesmo partido mortalmente crivada de
balas, em pouco mais de um mês, devido ao que se considera tratar-se de
“intolerância política” cujo estímulo é atribuído ao partido no poder.
O assassinato, que aconteceu horas depois de o
primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, ter desmentido a existência de
presumíveis “esquadrões de morte”, alegadamente criados para abater os membros
da oposição e aqueles que se mostram desalinhados do regime, parece sugerir que
as declarações deste governante não são de todo verídicas.
Uma testemunha disse que Luciano Augusto foi morto por
volta das 19h00, a poucos metros da sua residência, “por indivíduos
desconhecidos”. Há, segundo a nossa fonte, pessoas próximas ao malogrado que
indicam que “os assassinos eram dois e trajados de uniforme policial”.
“Reiteramos o
nosso distanciamento em torno das acusações sobre a criação de alegados
esquadrões da morte e considero-as totalmente infundadas e desprovidas de
qualquer sentido”, disse Carlos Agostinho do Rosário, em resposta
às perguntas colocadas pelos chamados representante do povo.
As informações sobre este acontecimento descrito como
macabro são creditória. Abdala Ibrahimo, delegado político provincial da Renamo
na Zambézia, afirmou que o seu colega foi morto em casa e acabava de regressar
do trabalho.
A 22 de Setembro passado, um outro membro da Assembleia
Provincial (AP) de Tete e delegado político distrital da Renamo, identificado
pelo nome de Armindo António Ncuche, de 55 anos de idade, foi também morto a
tiros, por indivíduos ainda desconhecidos.
O assassinato aconteceu por volta das 13h30, na vila de
Moatize. O finado estava a caminho de casa, após o término da quarta sessão
daquele órgão que fiscaliza, controla o governo provincial e o aprova o seu
programa. Volvido quase um mês, nada se sabe sobre o crime ocorrido duas
semanas depois de gente desconhecida também ter tentado, em Quelimane,
descarregar balas contra Ivone Soares, chefe da a bancada parlamentar deste partido
e sobrinha do seu líder, Afonso Dhlakama.
A 08 de Outubro corrente, Jeremias Pondeca, membro do
Conselho de Estado, eleito pela Assembleia da República (AR) em representação
da Renamo, e membro da Comissão Mista do Diálogo Político, foi baleado mortalmente
por indivíduos não identificados, em plena manhã, na cidade de Maputo.
Dois membros do maior partido da oposição em Moçambique,
a Renamo, foram assassinados à queima-roupa, na terça-feira (18), no distrito
de Ribáuè, província de Nampula, por pessoas supostamente desconhecidas e que
se puseram o fresco. Com este homicídio, já são quatro vítimas da mesma
formação política em menos de um mês, o que sugere tratar-se de uma razia
política contra a oposição.
Uma das vítimas é Flor Armando, de 45 anos de idade,
delegado político distrital em Ribáuè e membro da Assembleia Provincial de
Nampula. O outro finado chamava-se Zeca António Lavieque, de com 25 anos.
A Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM),
insatisfeitos com as explicações do Governo em relação aos assassinatos que
supostamente visam apenas os membros dos partidos da oposição, consideraram que
a lista dos alvos a abater não é aleatória. A clara identificação e definição
de pessoas a matar é clara.
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