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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Moza resgatado pelo Banco de Moçambique devido à insustentabilidade financeira


O Banco de Moçambique(BM) decidiu nesta sexta-feira(30) suspender, “com efeitos imediatos”, os membros do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Moza Banco SA, pois a situação financeira e prudencial da quarta maior instituição financeira do País “tem vindo a degradar-se de forma insustentável”.

Naquela que é a primeira decisão pública do novo Governador do BM, Rogério Zandamela, o banco central acrescenta, em comunicado, que, “Mostrando-se necessário reforçar as medidas extraordinárias de saneamento, previstas no artigo 83 da Lei nº 15/99, de 1 de Novembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9/2004, de 21 de Julho – Lei das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, tendo em vista proteger os interesses dos depositantes e outros credores, bem assim salvaguardar as condições normais de funcionamento do sistema bancário, ao abrigo do disposto nos artigos 81 e 84 da referida lei, o Banco de Moçambique determina: Designar um Conselho de Administração provisório, presidido pelo senhor Dr. João Filipe Figueiredo, com efeitos imediatos, cujo mandato durará até à normalização da situação”.

Criado em 2008 o Moza, como se passou a designar desde Novembro de 2015, tinha um Conselho de Administração presidido até a data por Prakashchandra Ratilal, proeminente economista moçambicano e que já foi Governador do Banco de Moçambique. Eram vogais da Administração Ibraimo Abdul Carimo Issufo Ibraimo, António Augusto Figueiredo D' Almeida Matos, Luís Magaço Júnior, Paulo Dambusse Marques Ratilal, Rui Manuel Fernandes Pires Guerra, 

César e João Luís Fernandes Jorge.
O banco que a 31 de Dezembro de 2015, tinha como accionistas a Moçambique Capitais, S.A. (50,999%), o Novo Banco ÁFRICA, SGPS, S.A. (49,000%) e o Dr. António Matos (0,001%) era dirigido por uma Comissão Executiva encabeçada por outro reputado economista moçambicano Ibraimo Abdul Carimo Issufo Ibraimo, co-adjuvado pelos Administradores Executivos César Ferreira, Luís Magaço Júnior e João Luís Fernandes Jorge.

 “O Banco de Moçambique assegura ao mercado, aos clientes e ao público em geral que o Moza Banco continuará a funcionar dentro da normalidade”, conclui o comunicado que estamos a citar divulgado dois dias depois da conclusão de uma Missão do Fundo Monetário Internacional que pintou um cenário mais sombrio para a economia nacional e recomendou adicionais políticas monetárias restritivas.

A instituição financeira tem, segundo o seu Relatório e Contas de 2015, “45 Agências bancárias correspondentes a 59 unidades de negócio (43 Agências de Retalho, 5 Centros Private e 11 Centros Corporate)”, repartidas não equitativamente por todo o território moçambicano, e activos de cerca de 31,3 mil milhões de meticais.

O banqueiro indicado pelo Banco de Moçambique, João Figueiredo, que já esteve à frente do Millennium-BIM (a maior instituição financeira do País) tendo saído para fundar o Banco Único, tem a missão de racionalizar o Moza e vendê-lo em seis meses.

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