Dezenas de famílias que vivem nos distritos
fronteiriços de Mossurize e Báruè, na província de Manica, refugiaram-se no
vizinho Zimbabwe, na sequência dos recentes ataques de homens armados da Renamo
às localidades de Chiurairue e Honde.
As incursões forçaram muitas pessoas a abandonar as suas
residências e fixarem-se em Vanduzi e Espungabera, segundo o governador de
Manica, Alberto Mondlane. Os atacantes roubaram igualmente gado bovino e
saquearam bens diversos da população.
Mondlane disse também que devido à fome e insegurança
grande parte da população dos distritos de Marínguè, em Sofala, deslocou-se
para Báruè e Macossa, em Manica, situação que levou ao desencadeamento de
acções da assistências alimentar a este grupo de deslocados internos. O apoio
está a ser prestado pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
Entre os deslocados estão crianças em idade escolar e,
segundo o governador, o Executivo provincial tem sido obrigado a criar
condições para a continuação dos estudos das mesmas, recorrendo aos professores
que se pode encontrar entre a população deslocada.
Neste momento, vários estabelecimentos escolares nos
distritos de Báruè e Mossurize estão encerrados, pairando ameaças de um
ambiente de tensão na sede distrital de Tambara e em Nhacolo, onde homens
armados provenientes de Chemba, em Sofala, têm feito algumas incursões.
A tensão político-militar em Manica obrigou ao
estabelecimento da escolta militar para garantir a circulação de viaturas ao
longo da Estrada Nacional Número Sete (EN7), que estabelece a ligação
Vanduzi/Changara, tendo o governador saudado as Forças de Defesa e Segurança
pelo que têm feito para a protecção da população e seus bens.
Entretanto, Alberto Mondlane considera que apesar destas
acções, as instituições estão a funcionar normalmente, o plano económico e
social está a ser cumprido e os indicadores de crescimento estão a registar
melhorias.
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