O empresário moçambicano Omar Faruk Ayoob,
proprietário do grupo Ayoob Comercial, baleado na semana passada na capital
moçambicana, encontra-se ainda em estado grave e internado numa das unidades
sanitárias em Maputo.
Segundo o Porta-voz da Polícia da cidade de Maputo,
Orlando Mudumane, a vítima foi atingida no abdómen e nos membros inferiores,
num atentando que se registou defronte à embaixada dos Estados Unidos da
América, na manha da sexta-feira passada.
A Polícia
está a trabalhar com vista a esclarecer este caso, identificando os seus
autores, disse
Mudumane, durante o habitual briefing da Polícia a nível da cidade de Maputo.
Mudumane explicou que após o ataque, os meliantes
puseram-se em fuga, criando pânico no local. Momentos depois, Ayoob foi
transportado às pressas para uma clínica privada nas proximidades, onde está em
tratamento médico intensivo.
Esta não é a primeira vez que a família Ayoob é vítima de
acções de meliantes na capital moçambicana. Em Outubro de 2014 a viúva de
Khalib Ayoob, Reyma Ayoob foi sequestrada e passou 22 dias em cativeiro antes
de ser libertada, mediante o pagamento de um montante não revelado.
Porém, antes ainda, no mesmo ano, um de seus filhos,
Bilal Ayoob, foi sequestrado, num ciclo de raptos que tinha iniciado em Agosto de
2012, quando uma sobrinha de 17 anos, Hina Farouk Ayoob, foi sequestrada.
A riqueza desta família foi exposta publicamente quando
Khalib Ayoob foi preso no aeroporto Matsapham, na Suazilândia em Dezembro de
2010 na posse de cerca de 2,7 milhões de dólares norte-americanos exportados
ilegalmente de Moçambique para Dubai.
Na altura, o dinheiro foi confiscado pelas autoridades da
Suazilândia.
A família Ayoob possui diversas empresas. Uma das
empresas, Ayoob Niza Lda, alcançou notoriedade em 2010, quando a Autoridade
Tributária de Moçambique ordenou a venda pública de seus produtos para saldar
uma dívida de 276 milhões de meticais para a empresa de telefonia móvel Mcel.
Sem comentários:
Enviar um comentário