Três moçambicanos foram mortos e o outro
ficou gravemente ferido em consequência da explosão de uma bomba de fabrico
caseiro, arremessado para o quarto onde dormiam, na madrugada da última
quarta-feira (04), no bairro de Soweto, na África do Sul.
As vítimas respondiam pelos nomes de António Muchanga,
Carlitos Mbendzane e Paulina Vilanculos. Estes dois últimos eram um casal,
segundo a Televisão de Moçambique (TVM).
A outra vítima sobrevivente e estado grave encontra-se
sob os cuidados médicos intensivos numa unidade sanitária daquele país, onde a
Polícia reconhece haver elevados índices de criminalidade e estima que “pelo menos 50 pessoas morrem por dia em
circunstâncias de criminalidade”.
O crime ocorrido na região ocidental de Johannesburg, na
casa número 2809, Rua Ndhlamine e perto de uma esquadra da Polícia de Maroca,
gerou choque e deixou os moradores indignados.
Na altura, as vítimas estavam a dormir depois de uma
festa de aniversário de Paulina. Carlitos perdeu a vida no local do acidente a
sua esposa no hospital, na presença de uma vizinha que se encarregou de
telefonar para a família em Maputo a informar sobre a ocorrência, disse a TVM,
numa reportagem do jornalista Simão Ponguane.
Testemunhas contaram àquele meio de comunicação social
que o suposto criminoso é um perigoso cadastrado e drogado, que matou o seu
próprio pai a pedradas. Por este crime, ele fora condenado a 12 anos de prisão,
dos quais cumpriu oito e saiu em liberdade.
Mpondu, único nome pelo qual era conhecido o acusado e
dono da casa onde as vítimas encontraram a morte, manifestava estar
constantemente sob o efeito de uma droga denominada Nhaupe.
A tia materna do incriminado confirma o uso deste
estupefaciente pelo seu sobrinho e assegurou à TVM que ele é uma pessoa
perigosa.
Ele acusava os seus inquilinos de manterem relações
extra-conjugais com a sua namorada, a qual segundo testemunhas poucas vezes se
comunicava com eles. Aliás, Mpondu não vivia com referida companheira na sua
casa.
O presumível homicida alegava ainda que os seus
inquilinos não só o tomavam por tolo, como também riam-se dele e ainda
ofereciam a sua parceira a outros homens. Em retaliação a tal presunção, Mpondu
prometeu vingança.
A bomba que provocou a desgraça foi atirada pela janela
para o quarto onde os quatro moçambicanos estavam a dormir. O autor do crime já
se encontra a contas com a Polícia sul-africana.
O líder da comunidade onde a tragédia aconteceu disse que
Mpondu não se entende com os vizinhos devido ao seu mau comportamento e é
temido. Aliás, há dias envolveu-se numa confusão por ter aceite que terceiros
pagassem dinheiro para viver uma casa que estava ocupada.
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