Cerca de 200 milhões de norte-americanos são
hoje chamados às urnas para decidir quem sucede a Barack Obama na Casa Branca,
com as últimas sondagens a darem uma vantagem de três a quatro pontos
percentuais à democrata Hillary Clinton no voto popular.
A eleição, contudo, não é decidida de forma directa, mas
sim pelos representantes eleitos em cada um dos 50 estado para o Colégio
Eleitoral (CE).
Para ser eleito, um candidato tem de ter apoio de 270 dos
538 grandes eleitores que integram o CE. A decisão está, por isso, nas mãos dos
chamados ‘swing states’, estados onde nenhum candidato tem vantagem clara nas
sondagens. Como vem sendo hábito, a Florida e o Ohio são os mais importantes
‘swing states’. O primeiro vale 29 votos no CE e o Ohio vale 18. As
estatísticas indicam que o vencedor nestes estados vencerá as eleições. No caso
do Ohio, é indicador seguro do vencedor desde as eleições de 1960.
Após uma campanha marcada por insultos, em que o
republicano Donald Trump foi acusado repetidamente de machismo e a democrata
Hillary Clinton de desonestidade, a véspera das eleições ficou marcada por um
caso que promete fazer ainda correr muita tinta. A uma semana da votação, o
director do FBI, James Comey, anunciou a reabertura de uma investigação a
Hillary por causa do uso indevido de um servidor privado para trocas de
mensagens oficiais quando era secretária de Estado. Mas, na noite de domingo,
de forma inesperada, Comey deu por encerrado o novo inquérito e, como no
primeiro, não foram encontrados indícios de intenção criminosa por parte de
Hillary. Trump, que subiu nas sondagens com a nova investigação, acusou o FBI
de proteger Hillary.
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