O presidente sul-africano, Jacob Zuma,
demonstrou coragem no sábado (05) em sua primeira aparição pública desde que na
quarta-feira (02) foi publicado um relatório oficial que denuncia possíveis
crimes de corrupção na cúpula do governo, nas mãos do Congresso Nacional
Africano (ANC).
“Passei muito
tempo na prisão. Não tenho medo da prisão, já estive lá“, disse
Zuma, que esteve preso por 10 anos durante o apartheid, em Robben Island, junto
com Nelson Mandela.
Em um discurso diante de centenas de simpatizantes do ANC
em Dumbe, uma pequena localidade da província de Kwazulu-Natal (leste), Zuma
acusou a oposição de “utilizar os tribunais para amedrontar o ANC”.
“Não vão nos intimidar”, afirmou.
Na quarta-feira, a mediadora da República da África do Sul
encarregada do bom uso do dinheiro público, pediu aos promotores a investigação
de supostos crimes através em um informe que levou a que vários círculos,
inclusive alguns do partido de Zuma, pedissem a demissão do presidente.
A investigação denuncia um possível caso de conluio entre
o Governo e uma rica família de empresários indianos, os Gupta, suspeitos de
influenciar o presidente Zuma, conseguindo inclusive a nomeação de alguns
ministros favoráveis a seus interesses.
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